O campo também é delas

O nosso blog hoje vai falar sobre o futebol feminino, afinal amanhã é dia das mulheres e o campo também é delas!

Mas nem sempre foi assim...

Em 14 de abril de 1941 foi editado o Decreto-Lei 3.199 que dizia o seguinte: “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país.” Dentre outros esportes considerados masculinos, se incluiu o futebol feminino, que passou, então, a ser proibido em nosso país.

Essa proibição durou até 1983 quando a luta das jogadoras e as cifras por trás do esporte falaram mais alto e, como consequência, houve a legalização da prática futebolística pelas mulheres no Brasil.

Nesses mais de 40 anos em que vigorou a proibição, as mulheres não deixaram de praticar o esporte, seja em jogos de várzea, seja em eventos de caridade, como nos conta a escritora e historiadora Giovana Capucim e Silva, no livro “Mulheres Impedidas: A proibição do futebol feminino na imprensa de São Paulo”.

Felizmente os tempos mudaram e, apesar de todos os percalços como baixa remuneração, falta de campeonatos organizados e de divulgação, bem como poucos patrocinadores, o futebol feminino avançou em nosso pais e hoje as mulheres dão um show de bola nos gramados!

Falando desse crescimento do futebol feminino é impossível não reverenciar a jogadora Marta, eleita a melhor futebolista do mundo em seis ocasiões, sendo cinco delas de forma consecutiva, feito até então não alcançado por nenhum jogador. Marta é dona de outros números incríveis, como a participação em cinco mundiais. Mas não se trata apenas de estatística, a qualidade de suas jogadas, seu toque de bola, enfim, seu talento são impressionantes.

Também não podemos esquecer de suas companheiras de seleção brasileira: Formiga, Cristiane, além dos novos talentos como Debinha e Bia.

Internacionalmente, temos que falar das seleções dos Estados Unidos e da Suécia, que ao lado do time brasileiro nos proporcionam jogos incríveis: disputados e de qualidade.

Acompanhando esse movimento, a presença feminina se estendeu para outros postos importantes do futebol, como árbitras, bandeirinhas, comentaristas e mais recentemente narradoras. Todas dignas de aplauso pelo pioneirismo e pela qualidade que demonstram.

Ás vésperas do Dia das Mulheres, 08 de março, fica registrado o nosso reconhecimento e a nossa homenagem ao futebol feminino e às mulheres do futebol!